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domingo, 30 de dezembro de 2012

Reflexão Dominical - Ser Diferente



E digo isto e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade do seu sentido. (Efésios 4:17) 

Paulo nos ensina que devemos ser diferentes, assim como o Senhor Jesus determinou, que devemos ser o sal da terra, ou seja, o tempero; que devemos ser a luz, trazer conhecimento, esclarecimento, devemos ser diferentes para tornar tudo claro, mas isto não por religiosidade, mas pela maneira como vivemos e nos conduzimos em toda parte, como agimos diante de todas as situações, ou seja, sempre guiados pelo Senhor, praticando a Palavra e os ensinamentos do Senhor, e nunca andando segundo os nossos próprios entendimentos. "Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração” (Efésios 4:18). Não podemos viver segundo o que achamos que é certo ou correto, segundo as nossas emoções ou as nossas vontades carnais, mas sim de acordo com as ordenanças do Senhor, porque quando assim procedemos, estamos separados, afastados do Senhor, pois só existe um Caminho, uma maneira de vivermos em sua presença, que é viver pela sua Palavra.

"Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para, com avidez, cometerem toda impureza” (Efésios 4:19).Todos os que vivem de uma forma desordenada, em pecados, em erros de forma consciente, já sem temores ao Senhor, são pessoas que conheceram a vontade e preceitos do nosso Pai, mas se entregaram ao pecado, mesmo tendo consciência que não deveriam assim procederem; portanto o Senhor os entregou a um sentimento irracional, onde nada mais temem, e assim, cada vez mais se aprofundam nos pecados e erros, caminhando para a destruição e morte eterna. "Mas vós não aprendestes assim a Cristo, se é que o tendes ouvido e Nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus” (Efésios 4:20,21). Mas nós não podemos proceder assim, mesmo porque não foi assim que aprendemos, claro se realmente aprendemos alguma coisa com o Senhor, pois o que Ele ensina é que o princípio da sabedoria é o temor à Ele, e aprendemos que devemos nos santificar, fugir do mal, abandonar os erros e pecados, pois Deus é Santo, e se queremos nos aproximar Dele, devemos nos santificar.

"Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências (vontade desenfreada da carne) do engano, e vos renoveis no espírito do vosso sentido” (Efésios 4:22,23).Quanto a forma , a maneira como vivíamos no passado, devemos esquecer, mudar, converter (mudar de direção), pedir perdão ao Senhor e passarmos a agir somente segundo os seus preceitos; e da mesma maneira que o Senhor não lembrará mais do nosso passado, devemos também não mais lembrá-los, e nem querer voltar àquela vida de pecados que vivíamos, por mais atraente que possa parecer. "E revistais do novo homem, que segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:24).Nos transformamos pela Palavra de Deus em um novo homem, uma nova mulher, que teme ao Senhor, que busca a santidade, que vive e desfruta da paz do Senhor Jesus Cristo. "Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o próximo; porque somos membros uns dos outros. Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo” (Efésios 4:25,27). Leiam e pratique a Bíblia. Que Deus os abençoe.

Um abraço.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

DIA NACIONAL DE AÇÃO DE GRAÇAS




SÍNTESE HISTÓRICA

A virtude da gratidão está em toda a Bíblia. É próprio das almas nobres agradecer sempre e por todas as coisas. O salmista exclama: "Bom é render graças ao Senhor..." E outra vez: "Entrai por suas portas com ações de graças..." (Sl 92.1 e 100.4). Assim, o render graças a Deus , é tão antigo quanto a humanidade. Vem dos tempos bíblicos e reflete-se ao longo da história.

O costume do "Dia de Ação de Graças" vem dos Estados Unidos. Em 1620, saindo da Inglaterra, singra os mares o "Mayflower", levando a bordo muitas famílias. São peregrinos puritanos que, fugindo da perseguição religiosa, vão buscar a terra da liberdade. Chegando ao continente americano, fundam treze colônias, semente e raiz dos Estados Unidos da América do Norte.

O primeiro ano foi doloroso e difícil para aquelas famílias. O frio e as feras eram fatores adversos. Não desanimaram. Todos tinham fé em Deus e nas suas promessas. Cortaram árvores, fizeram cabanas de madeira, e semearam o solo, confiantes. Os índios, conhecedores do lugar, ensinaram a melhorar a produção. E Deus os abençoou. No outono de 1621, tiveram uma colheita tão abençoada quanto abundante. Emocionados e sinceramente agradecidos, reuniram os melhores frutos, e convidaram os índios, para juntos celebrarem uma grande festa de louvor e gratidão a Deus. Nascia o "Thanksgiving Day", celebrado até hoje nos Estados Unidos, na quarta quinta-feira de novembro, data estabelecida pelo Presidente Franklin D. Roosevelt, em 1939, e aprovada pelo Congresso em 1941.

O embaixador brasileiro Joaquim Nabuco, participando, em Washington, da celebração do Dia Nacional de Ação de Graças, falou em tom profético: "Eu quisera que toda a humanidade se unisse, num mesmo dia, para um universal agradecimento a Deus". Estas palavras moveram consciências no Brasil. No governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra, o Congresso Nacional aprovou a Lei 781, que consagrava a última quinta-feira do mês de novembro como o Dia Nacional de Ação de Graças.

Porém, em 1966, o Marechal Humberto Castelo Branco modificou esta Lei, dizendo que não a última, mas aquarta quinta-feira do mês de novembro seria o Dia Nacional de Ação de Graças, para coincidir com esta celebração em outros países.
Sim, aquelas palavras de Joaquim Nabuco, grande estadista brasileiro, encontraram eco em muitos corações. Hoje, são muitas as comunidades que, como num grande coro universal de gratidão a Deus, celebram nacionalmente o Dia de Ação de Graças, na quarta quinta-feira de novembro.

Em tudo e por tudo devemos dar graças a Deus!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O que significa dizer que Jesus cumpriu a lei, mas não a destruiu?



 No registro de Mateus do que é comumente chamado de O Sermão da Montanha, as seguintes palavras de Jesus foram registadas: "Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido" (Mateus 5:17-18).

Argumenta-se frequentemente que se Jesus não "destruiu" a lei, então ela ainda tem que ser vinculativa. Se esse fosse o caso, então certos componentes (como o dia de sábado) ainda devem estar valendo, talvez juntamente com vários outros elementos da Lei mosaica. Essa suposição tem como fundamento um mal entendimento das palavras e das intenções desta passagem. Cristo não quis sugerir aqui que o caráter vinculativo da lei de Moisés permaneceria em vigor eternamente. Este ponto de vista iria contradizer tudo o que aprendemos sobre o equilíbrio do registro do Novo Testamento (Romanos 10:4; Gálatas 3:23-25, Efésios 2:15). Considere os seguintes pontos.

De especial importância neste estudo é a palavra "destruir". Ela vem do termo grego kataluo, o qual significa literalmente "demolir, dissolver, abolir". A palavra é encontrada dezessete vezes no Novo Testamento. É utilizada, por exemplo, da destruição do templo judeu pelos romanos (Mateus 26:61; 27:40; Atos 6:14), e da dissolução do corpo humano na morte (2 Coríntios 5:1). O termo também pode ter o sentido de "dar um fim", ou seja, "tornar inútil, privar do sucesso". No grego clássico, essa palavra foi utilizada em ligação a instituições, leis, etc, para transmitir a idéia de "invalidar".

É especialmente importante notar como a palavra é usada em Mateus 5:17. Neste contexto, "destruir" é colocado em contraste com "cumprir". Cristo veio "... não para destruir, mas cumprir". Isso significa que Jesus não veio a esta terra com a finalidade de atuar como um adversário da lei. Seu objetivo não era impedir a sua realização. Pelo contrário, ele honrou, amou, obedeceu e cumpriu a lei. Ele cumpriu as emissões proféticas da lei sobre Si mesmo (Lucas 24:44). Cristo cumpriu as exigências da lei mosaica de uma obediência perfeita para que uma "maldição" não fosse imposta (veja Gálatas 3:10,13). Neste sentido, o plano divino para a lei vai ter um efeito duradouro. Ela sempre cumprirá a finalidade para a qual foi proferida.

Se, no entanto, a lei de Moisés tem a mesma relação (em termos de sua posição) com os homens de hoje como tinha antes de Cristo vir, então ela não foi cumprida, e Jesus falhou em sua missão. Por outro lado, se o Senhor realizou o que Ele veio cumprir e a lei foi realmente cumprida, então ela não é uma instituição jurídica vinculativa para os hoje. Além disso, se a lei de Moisés não foi cumprida por Cristo e, portanto, ainda permanece como um sistema jurídico vinculativo, então ela não é apenas um sistema vinculativo parcial. Pelo contrário, ela é um sistema totalmente obrigatório. Jesus disse claramente que nem um "i ou um til" (representantes das menores marcações do hebraico) passariam até que todas as suas palavras fossem cumpridas. Por conseguinte, nada da lei era para falhar até que tivesse alcançado seu objetivo por completo. Jesus cumpriu a lei. Jesus cumpriu toda a lei. Não podemos dizer que Jesus cumpriu o sistema de sacrifício, mas deixou de cumprir os outros aspectos da lei. Ou Jesus cumpriu todas as obrigações legais, ou nada cumpriu. O que a morte de Jesus significa para o sistema de sacrifício também significa para os outros aspectos da lei.

Fonte: Gotquestions.org

sábado, 27 de outubro de 2012

O que a Bíblia diz sobre o legalismo?





A palavra "legalismo" não pode ser encontrada na Bíblia. É um termo que os Cristãos evangélicos usam para descrever uma posição doutrinária que enfatiza um sistema de regras e regulamentos para alcançar salvação e crescimento espiritual. Legalistas acreditam que é necessário ter uma aderência estrita e literal a essas regras e regulamentos. De acordo com a doutrina ensinada na Bíblia, essa posição vai de encontro à graça de Deus. Aqueles que defendem uma posição legalista podem até deixar de entender o verdadeiro propósito da lei, principalmente da lei de Moisés no Velho Testamento, a qual é para ser um “professor” ou “tutor” para nos levar a Cristo (Gálatas 3:24).

Em relação à disposição de alguns, legalismo é o contrário de ser gracioso, por isso até crentes podem ser legalistas. Somos ensinados, no entanto, a ser graciosos uns com os outros: "Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões" (Romanos 14:1). É triste dizer que alguns defendem sua posição escatológica de uma forma tão forte que acabam excluindo outras pessoas de sua comunhão antes de dar-lhes a chance de expressar uma opinião diferente. Isso também é legalismo. Muitos crentes legalistas de hoje cometem o erro de exigir uma aderência inadequada às suas interpretações bíblicas e até mesmo às suas tradições. Por exemplo, alguns acham que para serem espirituais eles precisam evitar cigarro, bebidas alcóolicas, danças, filmes, etc. A verdade é que evitar essas coisas não é garantia de espiritualidade.

Para evitar cair no erro do legalismo, podemos começar a aplicar as palavras do apóstolo João: "Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (João 1:17). Lembre-se também de ser gracioso, especialmente aos irmãos e irmãs em Cristo. "Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster" (Romanos 14:4). "Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus" (Romanos 14:10).

Uma conselho de precaução é necessário aqui. Enquanto precisamos ser graciosos uns com os outros e tolerantes do desacordo sobre assuntos disputáveis, não podemos aceitar heresia. Somos exortados a batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (Judas 3). Se nos lembrarmos dessas diretrizes e então aplicá-las em amor e misericórida, estaremos protegidos contra o legalismo e heresia. "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo" (1 João 4:1-3).


Fonte: gotquestions.org

sábado, 14 de julho de 2012

Culpa,Sacrifício e Perdão




“Quando tiver consciência do pecado que cometeu, a comunidade trará um novilho como oferta pelo pecado e o apresentará diante da Tenda do Encontro” (Levítico 4.14).



Se existe reação difícil de se ver no ser humano pecador, é a consciência do erro.
Ser responsável pelas próprias ações é atitude rara de alguns, que muitas vezes só se manifesta, lá no final da vida. As pessoas vivem endividadas, mas não sentem culpa, pois quase sempre fazem novas dívidas; as pessoas se divorciam, mas não sentem culpa, pois logo se casam novamente e outros traem novamente; as pessoas vivem trocando de religião, mas não sentem culpa, pois vivem ignorando a vontade de Deus na Bíblia.


A falta de consciência dos próprios atos começou lá no Jardim do Éden, quando Adão e Eva desobedeceram a Deus. O homem pecou e culpou a mulher; a mulher pecou e culpou a serpente (Gên. 3.11-13). Como aconteceu lá, acontece hoje. É um milagre quem assume as consequências dos próprios atos.O texto base dessa meditação diz “quando tiver consciência...”. A atitude de ser responsável pelos próprios erros é lenta e muitas vezes tanto, por causa do orgulho. É mais fácil fugir, do que assumir o 
erro. Há pessoa que sempre aparece para dizer “tenho razão”, mas foge quando deveria dizer “tenho culpa”.



Ter consciência do pecado pode demorar a vida toda. Na Parábola do Filho Pródigo a culpa chegou, mas o filho precisou chegar a ponto de querer comida de porco; foi nesse ponto que caiu em si e se arrependeu (Luc. 15.16,17).


A culpa é nossa mais terrível realidade de vida. Aos olhos de Deus, somos todos culpados (Rom. 3.12). Nossa outra triste realidade é que não conseguimos nos arrepender por vontade própria. Precisamos da ajuda de Deus para chegar ao padrão de arrependimento aceitável por Deus. Sabendo disso, Jesus Cristo enviou o Espírito Santo, com o propósito de nos convencer do pecado, da justiça e do juízo (João 16.8).


Além da demora em assumir a culpa, poucos sabem o que oferecer a Deus pelo pecado. Não basta ser “praticante” da religião, como se isso fosse meio de “pagar” pecados; não basta ser pessoa bondosa, cheia de boas obras, como se isso fosse suficiente para Deus. Quem já agiu assim ou ainda age dessa maneira sabe que essa prática não resolve, porque é inútil para tirar a consciência de culpa (Heb. 10.1,2).


A oferta pelo pecado tem que ser feita conforme a exigência de Deus. A oferta tem que ser totalmente santa e completamente perfeita, pois Deus é santo e perfeito. Foi o próprio Deus quem determinou o tipo de oferta suficientemente capaz de pagar nosso pecado. Tentar “compensar” Deus com boas obras é perda de tempo. A única oferta aceitável por Deus foi estabelecida pelo próprio Deus. A oferta que Deus estabeleceu foi o sacrifício do corpo e o derramamento do sangue de Jesus Cristo (Heb. 10.10). Em Cristo todos os pecados foram pagos (Gál. 1.3,4).No Antigo Testamento, as pessoas conscientes do pecado deviam trazer a oferta pelo pecado num lugar público, ou seja, perante Deus, na Tenda do Encontro. O 
arrependimento não era algo secreto. Era um testemunho público. Quem se arrependia trazia a oferta para testemunhar seu arrependimento publicamente, pois no seu coração sabia que com ajuda do povo de Deus, em oração, encorajamento mútuo e comunhão com outros irmãos arrependidos, seria mais fácil vencer a tentação do pecado. Ir ao Templo era forma de aumentar e fortalecer a fé.


Assim também nós que vivemos na era da Graça de Deus, somos guiados pelos mesmos princípios da Lei, pois somos salvos quando ouvimos e cremos no Evangelho (Rom. 10.17), adquirimos consciência pessoal de culpa e necessidade de arrependimento (At. 3.19), aceitamos o sacrifício de Cristo como sendo único, completo e suficiente para que Deus possa libertar da culpa para vivermos em arrependimento (Col. 1.21-23).


Essa nova vida não acontece no isolamento. Seguimos para a nossa “Tenda”, ou seja, a igreja. Lá se reúnem todos os arrependidos e fracos, que foram revestidos do poder de Deus para esperar a volta de Jesus Cristo (João 14.3).


Vilmar Paulichen
Pastor da PIB Indaiatuba, SP









sábado, 7 de julho de 2012

Sou evangélica e meu marido me bate, posso me divorciar?



Sônia Regina Maurelli, diretora da casa Isabel, afirma que cerca de 90% das mulheres vítimas da violência doméstica são evangélicas. 

Nas dependências da Casa de Isabel, é fácil encontrar grupos de mulheres com a bíblia aberta, senhoras murmurando corinhos cristãos e até mesmo a música no rádio da recepção, tocando canções evangélicas.

A Violência doméstica é um grave problema em nossa sociedade, e infelizmente nossas igrejas estão repletas de mulheres que apanham de seus maridos. Não são poucas aquelas que vivem uma vida de horrores, sofrendo as agruras de uma relação despótica, ditatorial e abrutalhada. Como todos sabemos, muitas destas mulheres continuam se sujeitando a este tipo de relacionamento, fundamentado na premissa de que Deus odeia o divórcio (o que é verdade), e com isso acentuando distúrbios psicológicos, neurológicos e físicos em sua própria vida e filhos.

Sem a menor sombra de dúvidas o divórcio não é uma instituição divina e sim humana, até porque, ele brota de corações caídos e distantes de Deus. Além disso, é indispensável que também entendamos que existe um enorme abismo entre lutar por um casamento combalido a permanecer numa relação onde a esposa é constantemente violentada fisicamente.

O Apostolo Paulo em I Co 7:10-15 afirma que o cônjuge cristão PODE se divorciar deste que o seu marido incrédulo abandone o lar. Isto posto, acredito piamente que maridos que batem em suas esposas, há muito abandonaram seus lares, dando as suas mulheres condições de não somente se divorciarem como também a de contraírem novas núpcias.

O fato de alguns destes afirmarem ser cristãos, não os torna efetivamente crentes, até porque, os que agridem suas esposas, legitimam de que na verdade nunca conheceram a Cristo.

A violência contra a mulher é uma agressão ao Criador e em hipótese alguma as mulheres devem se sujeitar a qualquer tipo de agressão, denunciando o agressor às autoridades competentes a fim de que o sofrimento imposto pela violência cesse definitivamente em sua casa. Além disso, deve levar suas queixas, lamúrias, angústias e sofrimentos ao justo JUIZ, que com certeza no tempo certo lhes fará justiça.

Soli Deo Gloria!

Renato Vargens

quarta-feira, 30 de maio de 2012

LIVRO DE HERMÊNEUTICA "GAY"?




Em dezembro do ano passado o Julio Severo publicou a postagem sobre um produtor norteamericano que estava lançando uma versão da Bíblia, mas totalmente gay. Nessa Bíblia, o relato da criação ficaria exatamente assim:
“E o Senhor Deus fez cair um sono profundo sobre Aida, e ela dormiu; e ele tomou uma das costelas dela, e fechou a carne em seu lugar; e da costela, que o Senhor Deus tomou da mulher, ele formou outra mulher, e trouxe-a à primeira mulher. E disse Aida: ‘Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada mulher, porque ela foi tomada de mim. Portanto deixará a mulher a sua mãe, e apegar-se-á à sua esposa, e elas serão uma só carne. E ambas estavam nuas, a mulher e a sua esposa; e não se envergonhavam“.

Claro que não há outra palavra para descrever isso, que não seja a palavra blasfêmia. No entanto, até agora não havia motivo para alvoroço, porque tal Bíblia ainda estava longe da nossa realidade tupiniquim.

Acontece que o pastor Marcos Gladstone, que preside uma denominação chamada “igreja contemporânea”, composta basicamente por homossexuais, lançou um livro polêmico chamado” A Bíblia sem preconceitos“, no qual ele afirma que Deus jamais condenou a pratica do homossexualismo. Veja a descrição desse livro no site sua Igreja:

“O livro que está mudando o destino de centenas de homossexuais que antes pensavam ser abomináveis para Deus. De autoria do Pr. Marcos Gladstone, ele revela os segredos de Deus para os gays mostrando que a Bíblia realmente não condena a homossexualidade”

Bom, agora que vocês já viram que o assunto é sério, e que a tal hermenêutica Gay já chegou aqui pelas bandas de “Vera Cruz”, permitam-me dar o meu parecer sobre esse tema:

Não há nenhum modo de conciliar o cristianismo com a homossexualidade, e isso está claro em várias passagens bíblicas, como Levítico 18.22; 1Co 6.9; 1Tm 1.10-11. O homossexualismo é abominado por Deus e sua prática é proibida pela Bíblia.

Quando falo acerca disso, sempre há alguém para me dizer: porque é que vocês evangélicos condenam tanto o homossexualismo, mas aceitam quem pratica certos pecados como membros de suas igrejas. Deixem-me esclarecer as coisas por aqui:

Todos aqueles que dizem que os evangélicos admitem que seus membros pratiquem certos pecados, estão certos e errados ao mesmo tempo. É fato que há crentes que mentem, que roubaram ou que adulteraram, e alguns o fizeram também depois de cristãos, mas continuam sendo membros de nossas igrejas. Por que razão o permitimos? Porque eles se arrependeram. Um crente pode, sim, ter uma recaída – “aquele que está de pé, cuide para que não caia” – mas o que vai definir se ele realmente é um convertido é a sua capacidade de arrependimento. Um adúltero que se arrepende do seu pecado, pode sim, obter o perdão de Deus. O mesmo vale para os mentirosos, ladrões e porque não dizer, para os que praticaram o homossexualismo. Um ex-homossexual que tem uma recaída e se arrepende pode ter perdão de Deus, do pastor e dos irmãos e ser reintegrado à sua comunidade de fé. Isso sempre foi assim! O que nós não admitimos, e a Bíblia também não, é que uma pessoa homossexual que não se arrependeu do seu ato e não tem a mínima vontade de fazê-lo, se faça chamar de cristão.

Quero dizer com meu coração aberto e com toda sinceridade, que amo a todos os homossexuais, assim como Deus os ama. Não há em meu coração nenhuma forma de discriminação social homofóbica, mas acrescento que entre a exegese barata do pastor Gladstone (barata mesmo: 3 livros custam 10 reais!) e a Bíblia de Deus, prefiro ficar com a Bíblia.


Fonte: .pulpitocristao.com

terça-feira, 29 de maio de 2012

Criticando música “Eu quero tchu, eu quero tcha”, pastor Renato Vargens alerta sobre invasão secular entre jovens cristãos. Leia na íntegra




As redes sociais e os fenômenos musicais do estilo sertanejo universitário foram temas abordados pelo pastor Renato Vargens, em um artigo publicado em seu blog pessoal.
Segundo Vargens, “as redes sociais quando utilizadas da forma certa são bênçãos de Deus”, mas frisou que “quando utilizadas de forma errada contribuem para o ‘emburrecimento’ do indivíduo”.
O pastor afirmou que através das redes sociais, pessoas estão se distanciando dos princípios cristãos: “Jovens e adolescentes tem se deixado influenciar por conceitos extremamente antibíblicos onde o que importa não é a glória de Deus, mas sim a satisfação pessoal”.
Renato Vargens demonstrou indignação por ter presenciado um jovem cristão publicando em uma página de rede social trecho da música “Eu quero tchu, eu quero Tcha”, da dupla de sertanejo universitário João Lucas e Marcelo.
-Quando ouvi a canção acima fique profundamente preocupado com os rumos desta geração. Sou obrigado a confessar que tenho andado assustado com o incentivo à promiscuidade e sensualidade em nosso país. Compartilho também a minha aflição com o nível de devocionalidade e compromisso cristão de nossos jovens. Infelizmente, essa geração em nome de uma pseudoliberdade vem ao longo dos anos procurando compor no mesmo projeto de vida, Deus e imoralidade. E para piorar, em nome de uma espiritualidade barata, a graça de Deus tem sido relativizada em detrimento de uma vida promiscua e irresponsável – protestou o pastor.
Para Renato Vargens, “Do jeito que a coisa anda daqui a pouco ouviremos a versão gospel do ‘Quero tchu eu quero tchá’”. O pastor ressalta que os “jovens precisam urgentemente abrir os olhos. Isto porque, da mesma forma que não dá para misturar óleo e água no mesmo recipiente, não nos é possível, fazer parte da geração tchu, tchu, tchá tchá ou da geração dos comprometidos com Deus”.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Evangélicos que querem tchu, que querem tcha”, do pastor Renato Vargens:
As redes sociais quando utilizadas da forma certa são bênçãos de Deus. Através delas conhecemos pessoas, fazemos amigos, e interagimos uns com os ostros. No entanto, as redes sociais quando utilizadas de forma errada contribuem para o enburrecimento do individuo. Além disso as redes sociais nos fazem sair de guetos levando-nos a um mundo bem absolutamente diferente do nosso. Nessa perspectiva, jovens e adolecentes tem se deixado influenciar por conceitos extremamente antibíblicos onde o que importa não é a glória de Deus, mas sim a satisfação pessoal.
Há pouco testemunhei tanto no twitter como no Facebook, jovens cristãos afirmando: “Eu quero tchu
Veja abaixo por favor a letra dessa famigerada canção:
“Eu quero tchu, eu quero tcha
Eu quero tchu tcha tcha tchu tchu tcha
Tchu tcha tcha tchu tchu tcha (2x)
Cheguei na balada, doidinho pra biritar,
A galera tá no clima, todo mundo quer dançar,
O Neymar me chamou, e disse “faz um tchu tcha tcha”,
Perguntei o que é isso, ele disse “vou te ensinar”.
É uma dança sensual, em Goiânia já pegou,
Em minas explodiu, em Santos já bombou,
No nordeste as mina faz, no verão vai pegar,
Então faz o tchu tcha tcha, o Brasil inteiro vai cantar.
Com João Lucas e Marcelo,
Eu quero tchu, eu quero tcha
Eu quero tchu tcha tcha tchu tchu tcha
Tchu tcha tcha tchu tchu tcha (2x)
Cheguei na balada, doidinho pra biritar,
A galera tá no clima, todo mundo quer dançar,
Uma mina me chamou, e disse “faz um tchu tcha tcha”,
Perguntei o que é isso, ela disse ” eu vou te ensinar”.
É uma dança sensual, em Goiânia já pegou,
Em Minas explodiu, em Tocantins já bombou,
No nordeste as mina faz, no verão vai pegar,
Então faz o tchu tcha tcha, o Brasil inteiro vai cantar.
Com João Lucas e Marcelo,
Eu quero tchu, eu quero tcha
Eu quero tchu tcha tcha tchu tchu tcha
Tchu tcha tcha tchu tchu tcha (2x)
Eu quero tchu, eu quero tcha
Eu quero tchu tcha tcha tchu tchu tcha
Tchu tcha tcha tchu tchu tcha (2x)”
Caro leitor, será que foi isso mesmo que li?  Cheguei na balada doidinho para biritar? É uma dança sensual? Eu quero tchu eu quero tchá?
Quando ouvi a canção acima fique profundamente preocupado com os rumos desta geração. Sou obrigado a confessar que tenho andado assustado com o incentivo à promiscuidade e sensualidade em nosso país. Compartilho também a minha aflição com o nível de devocionalidade e compromisso cristão de nossos jovens. Infelizmente, essa geração em nome de uma pseudoliberdade vem ao longo dos anos procurando compor no mesmo projeto de vida, Deus e imoralidade. E para piorar, em nome de uma espiritualidade barata, a graça de Deus tem sido relativizada em detrimento de uma vida promiscua e irresponsável.
Do jeito que a coisa anda daqui a pouco ouviremos a versão gospel do Quero tchu eu quero tchá!
Pois é, nossos jovens precisam URGENTEMENTE abrir os olhos. Isto porque, da mesma forma que não dá para misturar óleo e água no mesmo recipiente, não nos é possível, fazer parte da geração tchu, tchu, tchá tchá ou da geração dos comprometidos com Deus. Ou somos de Deus, e vivemos uma vida santa e separada por ele, ou não somos dele. Vale a pena dizer que na perspectiva do reino não existe possibilidade do meio termo.
Amados, seguir a Jesus é o melhor e mais fascinante projeto de vida. Fazer parte da Santa geração é tudo de bom. Deixe pra lá os valores da geração adoecida espiritualmente e desfrute de momentos harmônicos, plenos e saudáveis na presença do Senhor.
Soli Deo Gloria!
Pr. Renato Vargens
Fonte: Gospel+

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Como Deus poderia abençoar as parteiras hebréias?



ÊXODO 1:15-21 - Como Deus poderia abençoar as parteiras hebréias, se elas desobedeciam a autoridade governamental (Faraó), estabelecida por Deus, e a ele mentiam?


PROBLEMA: A Bíblia declara que "não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas" (Rm 1.3:1). A Escritura diz também: "Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor" (Pv 12:22). Mas o Faraó (rei) do Egito tinha dado uma ordem direta às parteiras hebréias para matarem os meninos hebreus recém-nascidos. "As parteiros, porém, temeram a Deus, e não fizeram como lhes ordenara o rei do Egito, antes deixaram viver os meninos" (Êx 1:17).

As parteiras não apenas desobedeceram a Faraó como também, quando ele as questionou a respeito de suas ações, mentiram, dizendo: "É que as mulheres hebréias não são como as egípcias; são vigorosas, e antes que lhes chegue a parteira já deram à luz os seus filhos" (Êx 1:19). Apesar disso, Êxodo 1:20 afirma que Deus "fez bem às parteiras... ele lhes constituiu família"(Êx 1:20-21). Como então Deus pôde abençoar as parteiras por desobediência e mentira?

SOLUÇÃO: Não há dúvida de que as parteiras desobedeceram a Faraó, por não matarem os meninos hebreus recém-nascidos e por mentirem a Faraó com a história de que sempre chegavam tarde demais para cumprirem as suas ordens. Não obstante, há uma justificativa moral para o que elas fizeram. Primeiro, o dilema moral em que as parteiras se achavam era inevitável. Ou elas obedeceriam à lei maior de Deus, ou obedeceriam à obrigação secundária de se sujeitarem a Faraó. Em lugar de cometerem um deliberado infanticídio das crianças de seu próprio povo, as parteiras decidiram desobedecer às ordens de Faraó.

Deus nos ordena que obedeçamos à autoridade governamental, mas ele nos ordena também que não assassinemos ninguém (Êx 20:13). A salvação de vidas inocentes é uma obrigação maior do que a obediência ao governo. Quando o governo nos ordena matar vítimas inocentes, não devemos obedecer. Deus não considerou as parteiras responsáveis, nem assim ele nos tratará sempre que a questão for não obedecer a uma obrigação menor para atender a uma lei maior (cf. At 4; Ap 13). No caso das parteiras, a lei maior referia-se à preservação da vida dos recém-nascidos.

Segundo, o texto claramente afirma que Deus as abençoou "porque as parteiras temeram a Deus" (Êx 1:21). E foi o temor que elas tiveram por Deus que as levou a fazer o que quer que fosse necessário para salvar vidas inocentes. Assim, a falsa desculpa delas a Faraó foi uma parte essencial do esforço que despenderam para salvar vidas.

Terceiro, a mentira delas é comparável com sua desobediência a Faraó, para salvar a vida de recém-nascidos inocentes. Este era um caso em que as parteiras tiveram de optar entre mentir ou serem compelidas a matar bebês inocentes. Aqui também elas decidiram obedecer à lei moral maior. A obediência aos pais faz parte da lei moral (cf. Ef 6:1). Mas se um pai ou uma mãe dá ordens ao filho para assassinar uma pessoa ou para adorar um ídolo, ele tem de recusar-se a obedecer. Jesus enfatizou a necessidade de obedecer à lei moral superior quando disse: "Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim" (Mt 10:37).

Fonte: MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia

sábado, 26 de maio de 2012

Calar por amor ou falar por causa da verdade?




Quem se cala diante do pecado, da injustiça e de falsas doutrinas não ama de verdade. A Bíblia diz que o amor "...não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade" (1 Co 13.6). Deveríamos orar muito por sabedoria e, com amor ainda maior, chamar a atenção para a verdade e não tolerar a injustiça.

Ao estar em jogo a verdade, Estevão argumentou, mas sempre em amor a seu povo e com temor diante da verdade em Cristo. O apóstolo Paulo estava disposto a ser considerado maldito por amor ao seu povo, mas não cedia um milímetro quando se tratava da verdade em Cristo. Jesus amou como nenhum outro sobre a terra, mas assim mesmo pronunciou duras palavras de ameaça contra o povo incrédulo, que seguia mais as tradições e as próprias leis do que a Palavra de Deus. O Dr. John Charles Ryle, bispo anglicano de Liverpool que viveu de 1816 a 1900, certa vez disse assim:

Controvérsias religiosas são desagradáveis

Já é extremamente difícil vencer o diabo, o mundo e a carne sem ainda enfrentar conflitos internos no próprio arraial. Mas pior do que discutir é tolerar falsas doutrinas sem protesto e sem contestação. A Reforma Protestante só foi vitoriosa porque houve discussões. Se fosse correta a opinião de certas pessoas que amam a paz acima de tudo, nunca teríamos tido a Reforma. Por amor à paz deveríamos adorar a virgem Maria e nos curvar diante de imagens e relíquias até o dia de hoje. O apóstolo Paulo foi a personalidade mais agitadora em todo o livro de Atos, e por isso foi espancado com varas, apedrejado e deixado como morto, acorrentado e lançado na prisão, arrastado diante das autoridades, e só por pouco escapou de uma tentativa de assassinato. Suas convicções eram tão decididas que os judeus incrédulos de Tessalônica se queixaram: "Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui" (At 17.6). Deus tenha misericórdia dos pastores cujo alvo principal é o crescimento das suas organizações e a manutenção da paz e da harmonia. Eles até poderão fugir das polêmicas, mas não escaparão do tribunal de Cristo. (de: "Alle Wege führen nach Rom")

Norbert Lieth

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Não julguem para não serem julgados? O Pastor Scott errou ao falar contra a Profetiza?




Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. Mateus 7:1-2

Este texto é algo preciosíssimo para nós cristãos. Infelizmente, tem sido interpretado de forma errada. Muitos pensam que com esta advertência, Jesus queria dizer que não devemos julgar nunca, deixando de lado a justiça. Porém isto não é verdade, caso contrário o próprio Jesus estaria se contradizendo com os ensinamentos que Ele fez em outros momentos (que veremos mais adiante).

O que Jesus dizia aqui no sermão do monte, estava alinhado com as bem-aventuranças e a postura do servo de Deus com relação às outras pessoas no sentido de perdoar, e nunca se considerar superior. Dado que devemos ser humildes de espírito (ptocói pneumati – ou seja, pobres como um mendigo de espírito) o que significa considerar que nada temos, nada somos e nada podemos fazer.

Diante desta verdade, jamais poderíamos julgar alguém pois todos somos pecadores. Neste caso, o julgamento seria mentiroso e errado.  Não podemos condenar as pessoas.

Muitos usam o não julgueis para não ser julgado como uma válvula de escape para continuar no erro e deixar os outros continuarem no erro. Não foi para isto que Jesus disse aquilo. Jesus não dizia a respeito de obras e sim a respeito de ninguém merecer a graça de Deus.

Porém com relação às obras, o próprio Jesus em outro momento diz para que julguem:

Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça. João 7:24

Estaria Jesus se contradizendo? Ou será que nós muitas vezes interpretamos textos isoladamente a nosso bel prazer?

Aqui, em outro contexto, devemos julgar os frutos que as pessoas demonstram. Se os frutos são de justiça, mesmo que a aparência não nos agrade, não podemos condenar tal pessoa. Se a aparência é boa (aparência de piedade) porém os frutos são de injustiça (não seguem os ensinamentos de Jesus), então podemos de fato condenar os frutos e chamar a pessoa ao arrependimento.

Em outro momento, aprendemos com Jesus sobre a disciplina na igreja. Os servos de Satanás que querem fazer tudo conforme suas vontades e não desejam se submeter à vontade de Deus, dizem que não podemos julgar nada e deixar como está. Deixa que Deus faça. Porém isso é uma mentira. Caso contrário, deveríamos apenas nos calar frente ao pecado na igreja e na sociedade, porém somos chamados a obedecer a Deus e dizer: Basta!

Jesus disse:

Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mateus 18:15

Se levássemos a cabo o que é dito sobre não julgar, aqui estaria um falso ensinamento. Pois não poderíamos julgar um irmão que pecou. E Jesus ensina que devemos julgar aquele que pecou e discipliná-lo. Se ele não se arrepender, devemos apresentá-lo para duas ou três testemunhas, caso não se arrependa, devemos apresentá-lo para a igreja. E caso não se arrependa, ele deve ser considerado como um gentio, ou seja, deve ser excluído da comunhão.

E Jesus termina dando completa autoridade para a disciplina na igreja dizendo que tudo que ligarmos na terra será ligado no céu e onde dois ou três estivem reunidos em nome de Jesus, Ele estará ali. Aqui está relacionado justamente à disciplina. Quando nós executamos a disciplina, é como se o próprio Jesus a estivesse executando ali.

Aos que dizem que não podemos julgar, estes já estão julgando, pois estão emitindo um decreto de que é errado julgar e estão julgando como errado aquilo que está sendo dito. De fato, devemos julgar todas as coisas e reter o que é bom. Devemos julgar os frutos e assim conheceremos a árvore.

E quando diz respeito aos pregadores, o juízo é ainda maior. Caso o pregador erre ensinando uma multidão de forma errada, este deve ser repreendido diante da multidão para que esta não caia no erro do pregador.

Assim, o Pastor Scott Rodriguez fez certo em condenar os frutos (a falsa pregação focada em milagres e não em Cristo) de Dayna Muldoon diante de todos que a ouviam. Veja bem, ele não disse que ela vai para o inferno ou que merece a condenação de Deus, ele disse que o fruto que ela estava demonstrando não era de justiça e todos deviam tomar cuidado com isto. Ele termina dizendo que os ama e por isso estava fazendo aquilo.

Quando Jeremias chamou os profetas, que profetizavam que Israel voltaria logo do cativeiro na babilônia, de falsos profetas, isto ocorreu diante de todos e gerou uma grande indignação. Jeremias já não pode mais ficar no meio daquele povo porque senão seria morto.

Será que não estamos nos encontrando lutando contra Deus? Será que Deus está no meio da igreja operando, ou está batendo na porta esperando que alguém o ouça? Será que é Deus operando ou são falsos ensinamentos regados de milagres feitos por demônios?

Será que não devemos julgar?

Qual é a régua para julgarmos? A Bíblia Sagrada! Este é o nosso manual. Se não a conhecemos de capa a capa, e não nos fatigamos estudando-a diariamente, e com profunda devoção, seguiremos ventos de doutrina e cairemos em falsos ensinamentos.

Por Daniel Simoncelos

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ressuscita-me?





A canção “Ressuscita-me” tem sido bastante entoada pelos evangélicos. Sua melodia é bonita e envolvente — admito —, mas a sua letra está de acordo com as Escrituras? Tenho recebido vários pedidos por e-mail para analisá-la. E resolvi atender a essas solicitações.

Adianto que esta abordagem respeita a licença poética, mas prioriza a Palavra de Deus (1 Co 4.6; At 17.10,11; Gl 1.6-8). Afinal, como crentes espirituais, devemos discernir bem tudo (canções, pregações, profecias, milagres, manifestações, etc.), a fim de retermos somente o que é bom (1 Co 2.15; 1 Ts 5.21).


“Mestre, eu preciso de um milagre. Transforma minha vida, meu estado. Faz tempo que eu não vejo a luz do dia. Estão tentando sepultar minha alegria, tentando ver meus sonhos cancelados”.
Não vejo problemas no início da composição em análise, visto que todos nós, mesmo salvos, passamos por momentos difíceis em que nos sentimos perseguidos, isolados, como que presos em um lugar escuro, sufocante, “no vale da sombra da morte” (Sl 23.4). Nessas circunstâncias, é evidente que ansiamos por um grande milagre.

“Lázaro ouviu a sua voz, quando aquela pedra removeu. Depois de quatro dias ele reviveu”.
Aqui, como se vê, a construção frasal não ficou boa. Quem removeu a pedra? Com base na licença poética, prefiro acreditar que o compositor referiu-se aos homens que removeram a pedra, naquela ocasião (Jo 11.39-41), haja vista Lázaro, morto e amarrado, não ter a mínima condição de fazer isso — segundo os historiadores, aquela pedra pesava cerca de quatro toneladas.

A oração cantada prossegue: “Mestre, não há outro que possa fazer aquilo que só o teu nome tem todo poder. Eu preciso tanto de um milagre”. Algum problema, aqui? Não.


“Remove a minha pedra, me chama pelo nome”.
Os problemas começam aqui. Se o compositor tomou a ressurreição de Lázaro como exemplo, deveria ter sido fiel à narrativa bíblica. É claro que Deus remove pedras grandes, como ocorreu na ressurreição do Senhor Jesus (Mc 16.1-4). Mas, no caso de Lázaro, quem tirou a pedra foram os homens, e não Deus (Jo 11.41)!

Aprendemos lições diferentes com as circunstâncias que envolveram as aludidas ressurreições. Fazendo uma aplicação espiritual, há algumas pedras que Deus remove (como na ressurreição de Jesus), mas há outras que o ser humano deve revolver (como na ressurreição de Lázaro). Em outras palavras, Deus faz a parte dEle, e nós devemos fazer a nossa (
Tg 4.8; 2 Cr 7.13,14).

“Muda a minha história. Ressuscita os meus sonhos. Transforma a minha vida, me faz um milagre, me toca nessa hora, me chama para fora”.
Clichês comerciais e antropocêntricos não podem faltar em gospel hits: “muda a minha história”, “sonhos”, etc. Como já falei muito sobre esse desvio em meu livro Erros que os Adoradores Devem Evitar, evitarei ser ainda mais “antipático”. Mas é importante que os compositores cristãos aprendam que os hinos devem ser prioritariamente cristocêntricos.

“Ressuscita-me”.
Aqui vejo a principal incongruência do cântico, a qual não pode ser creditada à licença poética. Pedir a Deus: “ressuscita os meus sonhos”, no sentido de que eu me lembre das suas promessas e volte a “sonhar”, a ter esperança, a aspirar por dias melhores, etc. — a despeito do que afirmei sobre o antropocentrismo —, até que é aceitável. Mas não posso concordar com a súplica: “Ressuscita-me”. Por quê? Porque o salvo em Cristo já ressuscitou, espiritualmente, e não precisa ressuscitar de novo!

Quer dizer, então, que a aplicação feita pelo compositor é contraditória? Sim, pois, em Colossenses 3.1, está escrito: “se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus”. O que é o novo nascimento? Implica morte para o pecado (Cl 3.3) e ressurreição para uma nova vida (Rm 6.4). Essa analogia da nossa preciosa salvação — pela qual temos a certeza de que estamos mortos para o pecado e já ressuscitamos para o nosso Deus — não pode ser posta em dúvida para atender a anseios antropocêntricos. Por isso, a oração “Ressuscita-me” se torna, no mínimo, despropositada.


Alguém poderá argumentar: “Ora, a Bíblia não diz, em 1 Coríntios 15, que vamos ressuscitar? Por que seria errado pedir isso para Deus?” Bem, o sentido da ressurreição, no aludido texto paulino, é completamente diferente do mencionado na composição em apreço. Paulo referiu-se à ressurreição literal daqueles que morrerem salvos, em Cristo (vv.51-55; 1 Ts 4.16,17). Hoje, em vida, não esperamos ser ressuscitados, pois já nos consideramos “como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 6.11).


Amém?



Fonte: http://cirozibordi.blogspot.com.br/2011/10/ressuscita-me.html

Blogueiro responde ao desafio de Silas Malafaia e afirma que o pastor é “covarde” e só impressiona “crente que ainda bebe leite em pó”. Leia na íntegra




desafio de Silas Malafaia aos blogueiros que o criticam tem rendido publicações em resposta à seu convite.
O pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, desafiou no último sábado, 19/05, os blogs e sites de notícia que o criticam por sua mensagem atrelada à teologia da prosperidade a provarem que suas pregações não são embasadas na Bíblia.
Em resposta, Antognoni Misael publicou artigo em no Púlpito Cristão afirmando que o pastor Silas Malafaia é covarde: “Silas Malafaia é um tremendo covarde! C-O-V-A-R-D-E! Isso mesmo que você leu. Somado ao seu lado, sarcástico, indomável, arrogante, prepotente, aos poucos outra face é revelada: a de covarde”.
De acordo com Misael, Malafaia não tem coragem para pedir e “contrata” os pastores Mike Murdock e Morris Cerullo para arrecadar ofertas: “Sua falta de coragem denota-se pela insegurança em relação ao que ele prega e crê – por isso contrata seus bonecos de marketing Mike Murdock e Morris Cerullo pra ‘assaltar’ os humildes brasileiros, coisa que ele não tem coragem de assumir abertamente ao maquiar suas pretensões”.
O blogueiro afirma que apenas incautos se impressionam com as investidas de Malafaia contra ativistas gays: “Aqui e acolá alterna seu lado apostata com seu lado de protetor da família cristã ao lutar com unhas e dentes contra a PL 122. Isso lhe faz recuperar alguns pontos perdidos quando criticado pelas ‘vendas de indulgências modernas’, ‘unções de medida extra’, ou a tal ‘unção financeira dos últimos dias’ – história de carochinha pra crente que ainda bebe leite em pó!”, critica Misael.
Antognoni Misael frisa que o desafio lançado por Silas Malafaia é o reconhecimento de culpa perante as acusações: “Silas é covarde porque tem medo dos bereianos espalhados por aí, e não assume. Lançar desafio aos quem supostamente ‘não teriam voz’ é a prova mais certa de que ele vestiu a carapuça”.
Confira a íntegra do artigo “O lado covarde de Silas Malafaia e o desafio de tolo”, de Antognoni Misael:
Silas Malafaia é um tremendo covarde! C-O-V-A-R-D-E! Isso mesmo que você leu. Somado ao seu lado, sarcástico, indomável, arrogante, prepotente, aos poucos outra face é revelada: a de covarde.
Veja que “covardia” tem a ver com falta de coragem, medo, ou fraqueza de ânimo.
Sua falta de coragem denota-se pela insegurança em relação ao que ele prega e crê – por isso contrata seus bonecos de marketing Mike Murdock e Morris Cerullo pra ‘assaltar’ os humildes brasileiros, coisa que ele não tem coragem de assumir abertamente ao maquiar suas pretensões. Seu medo inverte-se em furor, por isso os ataques destemperados a todos que conhecem onde está a sua ferida. Já a sua fraqueza de ânimo o leva a necessitar de constantes desafios (round’s, Fight’s) para que legitime a sua “grandeza” e “poder” – certamente ele se pensa e se diz: Sou a voz de Deus no Brasil, eu SOU inabalável!
Aqui e acolá alterna seu lado apostata com seu lado de protetor da família cristã ao lutar com unhas e dentes contra a PL 122. Isso lhe faz recuperar alguns pontos perdidos quando criticado pelas “vendas de indulgências modernas”, “unções de medida extra”, ou a tal “unção financeira dos últimos dias” – história de carochinha pra crente que ainda bebe leite em pó! Este lado me arrisco dizer, é mescla de malandragem, psicologia e marketing. No Mala, não se engane, a Verdade (Gospel) parece não ser a prioridade!
Para Malafaia não interessa chegar a uma conclusão relevante sobre as coisas da vida, temas cristãos, ou sobre si, o que vale é a vitória perante os “fracos”. Por isso sua cosmovisão remete a um constante embate entre perdedores, fracos, frouxos e vencedores, poderosos e donos da “verdade”. Não é a toa que seu vocabulário natural sempre vive em posição de constante ataque.
Silas é covarde porque tem medo dos bereianos espalhados por aí, e não assume. Lançar desafio aos quem supostamente “não teriam voz” é a prova mais certa de que ele vestiu a carapuça. Se o “Mala” tem a convicção de que não prega heresias, pra que levar a sério tais acusações? (Pesado fardo é a consciência suja não é?)
Contudo, não esqueçamos: o “Mala” fez campanhas financeiras onde por 900 reais vendia bíblia de estudo em troca de bençãos materiais; popularizou o “trízimo“; pediu 1000 reais para salvar a alma de algum parente ou amigo, e também o dinheiro do aluguel, da conta de luz e do gás…; baixou a xepa pra 610 Reais, e a gora, cheio de óleo de peroba na cara vem solicitar um exame teológico de sua pregação com data e hora marcada!
Isto é que é desafio de tolo. Silas não engana mais – “a piscina tá cheia de ratos”…  Mas, eu ainda devaneio. Tenho esperança de que esta dura cerviz se quebre, que ele reconheça quão desvirtuado é o caminho que escolheu seguir. Enfim, para um covarde que grita por medo o melhor remédio é a verdade na cara! Que um dia ele tenha a hombridade de assumir: “pequei contra Deus e Sua Verdade”.
***
Antognoni Misael, pecador salvo pela Graça (mas segundo “o Mala”, um bandido, desocupado, insolente e fracassado) que edita o Arte de Chocar e faz uma temporada pilotando o Púlpito Cristão
Fonte: Gospel+

Deus, liberdade e suicídio




Ricardo Gondim

Ficou famosa a frase de Albert Camus sobre o suicídio: “O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma pergunta fundamental da filosofia.” O existencialista francês não contemplou, com certeza, a questão pelo ângulo que vou abordar. Pego, entretanto, a afirmação dele para mostrar que a inciativa de acabar com a vida radicaliza a ideia de liberdade.

O suicida desafia as questões fundamentais do livre arbítrio. A liberdade de dizer sim ou não à própria existência contrapõe qualquer conceito de soberania divina. Até onde Deus controla o dedo que puxa o gatilho ou a mão que enlaça o pescoço? O suicida cumpre algum propósito preconcebido antes de seu nascimento?  Insisto em perguntar (sem cinismo): “Quem se mata interrompe por conta própria os planos divinos ou cumpre o papel que lhe foi designado antes da fundação do universo?”.

Para melhor entender o embaraço, imaginemos um debate sobre os limites da liberdade humana. O auditório está lotado. De um lado fica o grupo que defende teses deterministas: “cultura, genética e forças econômicas se somam a infinitos fatores circunstanciais, e ninguém é livre”. À esquerda, existencialistas meneiam a cabeça. Com chavões sartreanos, repetem: “a existência precede a essência, e a existência acontece no imperativo de ser livre”. No centro, teólogos agostinianos, dedo em riste, deixam claro: “a humanidade só conhece a liberdade de pecar”. Nas últimas cadeiras, niilistas gritam: “a vida não tem sentido algum e a própria necessidade de dar sentido à existência não passa de desespero em face da morte”. De repente, no meio da algazarra, um jovem se levanta. Ele carrega um revólver. Enfia o cano na boca, e antes que alguém possa evitar, puxa o gatilho.

No exato instante em que o rapaz escolhe acabar com a própria vida, os debatedores, perplexos, se entreolham. Não há o que dizer.
O susto deixa várias perguntas sem resposta. A brutalidade do gesto estava “escrita e determinada” por quais fatores? Deus? Ele tinha o código genético de matar-se? Em vidas passadas, selou aquela hora? Ou Deus o predestinou para tal insanidade? Alguma mão cobria a que executou o gesto? Quem ajudou ou, pior, empurrou o suicida para o abismo? É possível entender as  forças sociais, genéticas ou instintivas que levam um rapaz a um ato tresloucado?

Por mais de um motivo, Camus acertou. O suicídio é, sim, um nó górdio tanto da teologia como da filosofia. No suicídio reside o mais radical e completo exemplo do livre arbítrio. A não interferência divina nas escolhas individuais ficam claras quando alguém se mata. Repetindo Sartre, o findar-se com as próprias mãos mostra que a humanidade “está condenada à liberdade”.

Aristóteles afirmou que mulheres e homens se diferenciam dos animais só por serem racionais. Descartes tentou ir além: humanos são mais excelentes por terem desenvolvido sentimentos. Rousseau, entretanto, procurou demonstrar que liberdade é o fator determinante para se entender a humanidade
Para o iluminista francês, somos livres porque dispomos da capacidade de aperfeiçoar-nos – ou de destruir-nos. Só os humanos conseguem libertar-se de instintos naturais quando agem. Um cachorro, que carinhosamente lambe a mão do dono, não é movido por virtude. Ele age sem noção. Desconhece que pode morder ao invés de lamber. Mas o torturador arranca as unhas do preso e o marido espanca a companheira por maldade; isto é, existia a possibilidade de não fazerem aquilo. Se em qualquer ação forçada, o crime se torna inimputável, o pitbull que destroça a criança não pode ser levado a qualquer tribunal e o pedófilo, sim.

O conceito de liberdade implica em ações não coagidas – ou manipuladas. Um ato só é virtuoso ou viciado se existir a possibilidade de eleger o oposto. É possível afirmar: liberdade é vocação. Deus decidiu criar o mundo para a liberdade. Seu intento único é amar; e liberdade é atributo do amor. Deus não criou por carência. Ele escolheu rodear-se de pessoas que pensam, sentem e decidem não porque necessitava dar satisfação a outra divindade ou para cumprir alguma demanda misteriosa. Deus criou porque sua natureza essencial é amar.

A Bíblia expressa com clareza: Deus é amor. Quem ama busca relacionar-se. E relacionamento significa valorizar o outro. Deus estima tanto que se expõe e se vulnerabiliza. Caso nunca tivesse criado, não lidaria com pessoas imperfeitas. E jamais experimentaria dor e frustração. Em seu apreço, a liberdade humana passa a ser o limite que Deus impõe a si mesmo.

Tal fragilidade pode ser bem compreendida nas metáforas do profeta Oséias e do Filho Pródigo. Nos dois, os amantes se veem em situação embaraçosa. O comportamento tanto da mulher como do filho causam dor; escapam ao controle do marido e do pai. Na parábola, o filho sai de casa. O pai não reage. A porta precisa ficar aberta. Não lhe interessa manter o filho constrangido. Resta ao velho esperar. O profeta se vê na desdita de amar uma leviana, que se prostitui com qualquer um. Sobra perdoar; e aguardar. Quem sabe ela voltará?

Comparando Deus a um imperador, temos uma leve insinuação da relação amor, liberdade. Certo rei dispõe de várias mulheres no harém. Ele, porém, se apaixona por Sulamita. Caso ordene, ela será conduzida à câmara real como objeto de prazer. Mas o monarca não quer desse jeito. Ele a vê em outro patamar. Para isso, precisa conquistar o seu coração. Mais complicado: ele também quer ser dela. Na busca do amor, por mais poderoso que seja, o imperador ficou vulnerável, indefeso.
Deus deseja cativar. Ele anseia por filhos, por amigos. E também quer ser nosso. Os amantes não se forçam.  Impor-se e amar não combinam.

Deus é frágil? No amor, sim. Mas afirmar isso não o enfraquece, apenas descreve o poder do amor. O sofrimento de Deus não diminui a sua grandeza, apenas distingue o Aba de Jesus dos ídolos gregos. O sentimentos divinos ajudam a entender: o poder mais maravilhoso do universo não usa da coerção, ele é a plenitude dos afetos.

Jesus encarnou Deus e vimos as suas lágrimas. No Galileu, Deus se revelou empático. Por causa do Nazareno, ficou impossível conceber que a divindade tudo ordena, tudo dispõe e tudo orquestra. Não existe um deus que toca projetos sem levar em consideração as pessoas, que ele jura amar. Para promover a sua glória, Deus não tece sorrateiramente os fios da história. Não há subterfúgio em seu caráter.

As carnificinas de Aushwitz, Ruanda e Iraque não foram planejadas em algum tempo remoto. Deus não guia a bala perdida que mutila a criança na favela. A lógica que tenta transformar Deus em títere, que às vezes deixa os eventos correrem frouxos, é cruel. Se, para capitanear a história Deus fecha os olhos (vontade permissiva), ele é maquiavélico. Se orquestra horrores como etapas necessárias para cumprir uma ”vontade soberana”, ele é monstruoso.  Um deus cruel, maquiavélico e monstruoso não merece ser adorado.

Começo, meio e fim da história não estão prontos. Se Deus se sente feliz em gerenciar cada nano evento e se preordenou, em sua providência, todos os fatos, a humanidade vive uma farsa. E se tudo está pronto: busca de justiça, indignação contra o mal e solidariedade não passam de iniciativas fúteis.
Prefiro aceitar que o mal nunca fez parte de qualquer projeto. O Deus da Bíblia sofre com a morte de inocentes e se indigna com a injustiça que condena bilhões à miséria. Ele ainda conclama homens e mulheres de boa vontade a serem pacificadores.

Não é certo confundir Jesus de Nazaré com o deus frio e distante dos gregos. Determinismo, antônimo de liberdade, anula o amor. Deus não planejou, determinou ou ajudou o rapaz a dar fim à própria vida. Vale bater na mesma tecla: Deus é amor.

“… e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens”. [1Coríntios 1.25].

Soli Deo Gloria

quarta-feira, 23 de maio de 2012

“Pastor Metralhadora”: em entrevista, Sam Childers conta detalhes de sua conversão e do filme que retrata seu trabalho missionário



O pastor e missionário Sam Childers, conhecido como “pastor metralhadora” por seu trabalho em zonas de guerra em países da África, concedeu uma entrevista à emissora norte-americana CSTV falando sobre sua história de vida e conversão.
Na entrevista, Sam Childers fala sobre seu envolvimento com as drogas na adolescência, sobre sua relação com seus pais e esposa e sua conversão.
Childers relatou também que ele é fruto de uma profecia feita sobre a vida de sua mãe, que havia perdido uma filha antes da gestação que o trouxe à luz. Segundo o “pastor metralhadora”, diversos pregadores disseram que ele seria um pregador quando adulto, e nem o seu envolvimento com as drogas fez sua mãe desistir: “Saiba uma coisa sobre minha mãe, ela nunca parou de orar. Ela nunca desistiu do que Deus disse. Ele continuou orando e orando até quando nos meus 30 anos eu parei de fugir de Deus e me voltei para Ele”, contou Sam Childers.
O pastor afirma que seu apelido “pastor metralhadora”, dado pelos jornais do Sudão, num primeiro momento o fez chorar, mas segundo ele, Deus o orientou a usar o nome para que o trabalho fosse propagado:
-Alguns missionários que quiseram me desacreditar começaram a espalhar por toda a região que eu não era um pregador, que eu não era missionário. Eu pregava o evangelho na área mais perigosa da guerra onde nenhum missionário tinha coragem de ir. Quando eu li o que escreveram sobre mim nos jornais, as criticas ao meu trabalho, dizendo que eu não era pregador mas o ‘pastor metralhadora’ eu sentei e chorei. Naquele momento Deus me disse “Levanta e reivindique esse nome, pois eu te honrarei através dele” – testemunhou o pastor.
filme sobre o trabalho de Sam Childers chama-se “Machine Gun Preacher” (Pastor Metralhadora) e foi dirigido por Marc Foster e estrelado pelo renomado ator Gerard Butler. Childers se mostrou orgulhoso do filme, que foi baseado num livro que ele escreveu: “Deus me deu esse filme. Deus nos deu um dos 10 melhores roteiristas de Hollywood, Jason Keller. Depois Deus nos deu um dos 10 melhores diretores de Hollywood, Marc Forster e ainda Deus nos deu um dos 10 melhores atores da atualidade, Gerard Butler. Quando Deus quer fazer algo por você Ele fará grande. O fime já foi indicado para vários prêmios. Eu estou dizendo isso para lhe mostrar o quão grande Deus é”.
Confira abaixo a íntegra da entrevista de Sam Childers, com tradução de Wesley Moreira para oPúlpito Cristão:
Jim Cantelon  - Sam, você nasceu e foi criado em um lar cristão, mas as coisas se tornaram muito ruins para você muito cedo em sua vida. Fale-nos um pouco de sua vida.
Sam Childers– Bem, fui eu quem fiz as escolhas na minha vida. Muitas vezes quando fazemos uma bagunça de nossa vida, em algum ponto, tentamos culpar nossos familiares. Eu não posso culpar minha familia pelos minhas escolhas. Eu comecei a fazer escolhas bem jovem, aos 11 anos de idade. Alguns pessoas podem pensar, coisas ruins só acontecem com um menino de 11 onze anos se os pais não estiverem presentes. Não é verdade, meus pais eram presentes, eram nascidos de novo, eram cristãos cheios do Espírito Santo. Eu era de uma familia de classe média, não havia nada de errado com minha familia. Eu tomei decisões ruins quando tinha 11 anos de idade. Comecei fumando maconha, depois usando drogas pesadas ao 13 anos. Com 15 anos de idade eu apliquei uma seringa no meu braço. Então comecei a vender drogas e dali me tornei um ‘braço armado’ para traficantes…
“Braço armado” quer dizer…
Eu era um pistoleiro para transações entre carteis de drogas, minha presença garantia que o negócio ocorreria com tranquilidade.
Você era como um “enforcer”.
Ah… algums pessoas chamariam assim mas nos éramos chamados se houvesse algum problema. Quando algum traficante tentava roubar outro, estariamos ali.
Durante esse tempo em sua adolescência, quando você fazia essas coisas, você respondeu à lei ou sempre escapou da policia?
Eu tive muitos problemas com a lei.
Você já esteve na prisão?
Eu estive na cadeia algumas vezes.
E o seus pais, enquanto isso acontecia, o que eles faziam?
Minha mãe teve uma filha antes de mim mas que veio a morrer. Quando isso aconteceu minha mãe passou por um ataque nervoso. Minha mãe então estava na igreja uma noite e foi profetizado sobre ela que o próximo filho que ela teria seria um pregador. Minha mãe então venceu suas dores e um tempo depois ficou grávida de mim. Outro dia minha mãe estava num congresso e outro pastor profetizou sobre ela que o filho que ela estava esperando seria um pregador. Quando eu completei 5 anos de idade, outro pastor profetizou sobre ela e eu que eu seria um pregador. Mas quando eu cheguei nos meus 15 e 17 anos ela poderia pensar que todos aqueles pastores eram mentirosos. Mas saiba uma coisa sobre minha mãe, ela nunca parou de orar. Ela nunca desistiu do que Deus disse. Ele continuou orando e orando até quando nos meus 30 anos eu parei de fugir de Deus e me voltei para Ele.
Quando aqueles coisas aconteciam com você, na sua adoslescência, você ainda morava com seus pais?
Não, eu sai de casa quando completei 15 anos de idade.
Você tinha contato com seus pais durante aquele periodo?
Minha mãe me escrevia muitas cartas, na verdade eu ainda tenho todas elas, uma pilha de cartas.
Então sua familia nunca lhe desertou?
Não, eles nunca pararam de orar. Meu pai era um homem duro. Meu pai me disse “você é bem-vindo nessa casa em qualquer tempo, mas você não pode trazer as drogas para dentro dessa casa” Por isso eu sai de casa aos 15 anos de idade. Meu pai me disse “Você tem que escolher filho”. Alguns pais cristãos e não-cristãos pensam que isso foi errado. Entendam, existe algo que se chama ‘amor-firme’ e também há algo chamado ‘consequência do pecado’. Mesmo sendo pais, se permitimos que nossos filhos vivam em pecado dentro do lar, haverá consequências para aquele pecado, que eles terão que responder. E meu pai disse “Eu te amo, esse é seu lar” – disse com lágrimas pelo rosto – “Se você for ficar aqui, eu não aceito drogas. Se você for continuar usando drogas, terá que ir embora”. Eu respondi a ele: Adeus! Então eu deixei minha casa com 15 anos de idade.
Onde você foi morar?
Eu sempre fui trabalhador. Meu pai sempre criou seus filhos para trabalhar. Nos sempre tivemos emprego. Eu aluguei um apartamento, que eu transfomei num clube de festa, mas eu trabalhava.
Quando você mudou de vida, lendo seu material, eu não vida nada dramático acontecendo. Foi apenas uma decisão sua?
Sim.
Como se você dissesse “Eu não viverei assim mais”.
Correto.
Sei que você pertencia também a uma gangue de motoqueiros. Sua vida era muito dura e tumultuda. Diga nos o que aconteceu nesse periodo de tempo na sua virada de rumo, quando você mudou de vida.
Eu estava num bar numa noite. Um tiroteio começou e eu quase fui morto. Eu voltei para casa naquele noite e disse para minha esposa – “Vamos mudar daqui” – Ela exclamou “o que?” – eu repeti “estamos de mudança” – Ela perguntou “Mas, porquê?” – Eu contei a ela “Eu quase morri essa noite, eu não tenho problema em morrer, mas eu tenho problema em morrer por nada. E eu quase morri por nenhum propósito.
Então nos mudamos de Orlando para minha cidade natal, na Pennsylvania. Quando chegamos ali minha esposa começou a ir para a igreja. E por 2 anos eu tratei minha esposa muito mal. Eu sentia que havia perdido ela para Deus.
Minha esposa é uma das mais cristãs mais fieis que eu conheço. Quando ele se deu para Deus, não havia mais volta. Ela sempre foi forte em sua fé.
Um dia minha esposa me chamou para ir a igreja com ela. Naquela noite o Espirito Santo moveu-se em mim e eu dei minha vida a Cristo e aquele fogo nunca deixou minha vida. No fundo eu sabia que seria um pregador desde os meus 7 anos eu entendia isso. Desde aquele dia eu gasto a minha vida para levar o evangelho em lugares que ninguém mais quer ir pregar.
Verdade. Você é também capelão várias gangues de motoqueiros. Isso é algo único. Como você prega o evangelho para esse grupos?
Meu apelido por muitos anos era ‘Selvagem’ e agora meu apelido é ‘Pastor Metralhadora’. Você não sabe a quantidade de pessoas que vêem minhas tatuagens e vem pergutam “Você é realmente um pregador?” e ali mesmo eu tenho a ‘deixa’ para evangelizar. Ao tentar pregar o evangelho de Jesus Cristo algumas vezes queremos ‘alimentar a força’. Você não pode forçar um bebê a comer. Damos aos bebês somente um pouquinho, depois aguardamos que o bebê incline a cabeça para frente e abra a boca. Nosso ministério (EUA) trabalha com mais de 2.000 ensinando o Reino, nunca pela força, mas pouco a pouco, pois cada uma dessas pessoas está buscando alguma coisa diferente. Quando forçamos não estamos dando a eles o que eles estão buscando.
É evidente que esses pessoas querem você por perto. Eles querem ouvir de você. Então o problema não é a mensagem que você prega, mas sua maneira de levar a mensagem.
Você não tem ideia do avivamento que está acontecendo no meio dessas gangues de motoqueiros.
Você escreveu um livro de título ‘ Another man’s war ‘ (Guerra de Outro Homem). Esse livro conta sobre o seu trabalho no Sudão.
No Sudão e também sobre o nosso trabalho aqui nos EUA. Eu tenho servido como missionario no Sudão e Uganda por 15 anos. Mas agora nosso ministerio está tambem trabalhando na Somalia, Etiópia e em várias partes do mundo. Combatemos o tráfico sexual aqui nos EUA. O livro conta um pouco de cada coisa que fazemos mas tem o foco no que acontece no Sudão.
O filme produzido por Hollywood é baseado no seu livro?
Tudo é baseado no livro, é um filme maravilhoso. Eu sempre digo às pessoas que quando Cristo começa a se mover em nossas vidas ele faz coisas. Nunca limite o que Deus pode fazer em sua vida. Por muitas vezes pessoas me perguntam ‘Porque tão grandes coisas estão acontecendo na sua vida?” Eles perguntam isso porque mesmo como cristãos eles limitam Deus. Colocam Deus dentro de uma caixa. Quando você coloca Deus dentro de uma caixa dando limites a Ele, você também está limitando Suas bênçãos. Mas quando você abre os seus braços e diz “Deus eu estou aqui para tudo que o Senhor tiver para mim” estando disposto a sacrificar, disposto a atravessar um vale estando disposto a continuar mesmo quando tudo estiver dando errado, Deus lhe fará sair por cima.
Deus me deu esse filme. Deus nos deu um dos 10 melhores roteiristas de Hollywood, Jason Keller. Depois Deus nos deu um dos 10 melhores diretores de Hollywood, Marc Forster e ainda Deus nos deu um dos 10 melhores atores da atualidade, Gerard Butler. Quando Deus quer fazer algo por você Ele fará grande. O fime já foi indicado para vários prêmios. Eu estou dizendo isso para lhe mostrar o quão grande Deus é.
Qual o nome do filme?
Pastor Metralhadora (Machine Gun Preacher). Esse foi o apelido que ganhei muitos anos atrás pelos nativos do Sudão, na zona da guerra, que ao passar pelo galpão que eu estava construindo viram que eu carregava a Bíblia de um lado e uma metralhadora do outro. Então alguns missonários que quiseram me desacreditar começaram a espalhar por toda a região que eu não era um pregador, que eu não era missionário. Eu pregava o evangelho na área mais perigosa da guerra onde nenhum missionário tinha coragem de ir. Quando eu li o que escreveram sobre mim nos jornais, as criticas ao meu trabalho, dizendo que eu não era pregador mas o ‘pastor metralhadora’ eu sentei e chorei. Naquele momento Deus me disse “Levanta e reivindique esse nome, pois eu te honrarei através dele”. Eu tomei posse daquele apelido à 13 anos atrás.
Quando eu fui fazer uma cobertura jornalistica no Líbano me deram uma arma. É muito comum que jornalistas carreguem armas em zonas de combate.
Resgatamos e cuidamos de milhares de crianças orfãs no Sudão e Uganda.
E elas não estão nem ai se você usa ou não uma metralhadora (risos) e não te criticam por que você tem tatuagens ou possui uma motorcicleta.
*** Fonte da entrevista: www.ctstv.com. Tradução Wesley Moreira. Divulgação: Púlpito Cristão.
Fonte: Gospel+