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terça-feira, 2 de setembro de 2014

UMA REFLEXÃO EM APOCALiPSE 13.18

“Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem; e o seu numero é seiscentos e sessenta e seis”.
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Desde a antiguidade, os escritos Proféticos e Apocalípticos Judaicos costumavam atribuir às letras, valores numéricos e significados ocultos, o que facilitava a conferência e correção de um texto, especialmente das cópias, pela simples somatória das letras, além de encerrar certos enigmas, a fim de evitar que as mensagens pudessem ser compreendidas pelos perseguidores do povo de Deus.
Na Cultura Judaica, se por um lado, a expressão numérica sete ( 7) traz em si a perfeição, a justiça Divina, o próprio Jesus se utiliza do numero sete para se referir a perfeição do amor no exercício do perdão; por outro lado, é a expressão numérica seis ( 6) que aponta para imperfeição, para iniquidade, para a maldade.
Embora alguns estudiosos atribuam a Nero, outros acreditam que a expressão numérica 666 representava obviamente codificada, as letras que formavam o nome do Imperador Domiciano, Imperador, este, que exigia que todos se referissem a ele se utilizando da expressão “nosso senhor e deus”.
Este número, ao longo da história, também foi atribuído a outros homens, como Tito e também a seu pai, Vespasiano, que profanaram a terceira edificação do Templo e a destruição de Jerusalém, por volta do ano 70 da era cristã. Mais recentemente também foi atribuído a Adolf Hitler, devido ao seu antissemitismo diabólico.
Wim Malgo, um dos expoentes do dispensacionalismo, editor da revista Chamada da Meia Noite, faz referencia a diversos significados do numero 666, mencionando desde o computador até os grupos mais famosos do rock ,Kiss, Black Sabbath entre outros.
Outros pensadores, como Arthur Blomfield, diz que o 666 representa uma trindade maligna, o diabo, o anticristo, e o falso profeta, e ainda o numero 6 repetido por 3 vezes significaria a intensificação do mal ,da imperfeição e do fracasso.
Portanto, o número seis tanto poderia ser usado como código, como também para se referir a alguém insano, cruel e iníquo. E que a repetição do numero por três vezes pode indicar, como já foi dito, também a iniquidade, a imperfeição em seu estágio mais alto, multiplicada.
O autor escreve que o número citado é “número de homem”, logo é possível entendermos que, além de uma mensagem escatológica, trata-se de um comportamento, de características humanas contrarias à vontade Divina, quer seja através de um sistema ou de um individuo em especial. Poderíamos citar vários sistemas que oprimem, matam, excluem; sistemas que empobrecem cada vez mais, tirando dos que mais necessitam. E sem falar dos discursos religiosos que produzem mais mortes do que vida.
Sabemos que nenhum sistema vem à existência por si só, não, esses sistemas são frutos da mente humana, para não dizer da maldade humana, motivada e alimentada pelo individualismo, pela ganância e pela intolerância.
Portanto, quando olhamos para o mundo que vivemos, os sistemas que elaboramos e desenvolvemos na busca por fama e riquezas, sem levarmos em consideração nossos semelhantes, provocando a morte e destruição humana e da natureza, passando por cima dos mandamentos de Jesus, começo a refletir sobre a atualidade do texto de João.
Todos nós sabemos que a Ação de Deus é perfeita, o seu amor é perfeito, os seus estatutos são perfeitos. E também sabemos que todo aquele que o ama, deve buscar viver esta perfeição, isto é, amando ao próximo, exercendo, em todo tempo, o dom do perdão e em todas as dimensões vivermos em justiça, praticando o bem. Como Igreja de Cristo, privilegiarmos a vida, denunciando toda perseguição, toda opressão e injustiça a fim de impedir, pelo menos em nossos dias, a aplicabilidade da tão citada expressão 666 e tudo que ela possa representar.
Eu quero terminar esta reflexão, recorrendo a Deus, pedindo a Ele que nos guie e abençoe, nesta caminhada em busca do viver em perfeição, das características que nos tornam semelhantes a Ele.
( Heitor P. Junior)

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